Se começa a pensar no plano B a partir do momento que o prefeiturável se sente inseguro em relação a seu partido ou quando percebe que precisa de uma legenda que possa lhe dar melhor estrutura na caminhada rumo ao Poder Executivo municipal.
No tocante ao primeiro ponto, a desconfiança entre o dirigente partidário e o prefeiturável é recíproca. O que se nota logo é a escassez do diálogo. Fica um achando o que o outro também acha : que a traição é só uma questão de tempo.
No frigir dos ovos, que tanto faz ser de roça como de granja, a decisão final sobre quem vai representar o partido no pleito de 2024 vem de cima para baixo. É na base do "manda quem pode, obedece quem tem juízo".
Essa conversa de que as siglas partidárias têm autonomia para tomar uma posição, escolhendo tal nome para ser candidato, é pura balela. O que prevalece é a vontade do diretório estadual, que se não resolver o imbróglio, a palavra final passa a ser do comando nacional.
Sobre o segundo ponto, o da imprescindível estrutura, salta aos olhos que o fulcro principal é o apoio financeiro, o faz-me-rir do fundo eleitoral, sob pena de nadar, nadar, nadar, e morrer na praia, como diz a sabedoria popular. Um bom tempo no horário eleitoral é importante.
Dos pré-candidatos a prefeito de Itabuna, dois precisam ficar atentos, com um olho no padre outro na missa. Me refiro ao médico Isaac Nery e ao advogado Dinailton Oliveira, prefeituráveis do Republicanos. Até hoje não se sabe qual é a posição da legenda sobre o segundo mandato (reeleição) de Augusto Castro, do PSD do senador Otto Alencar.
Tem também o plano B por vontade própria. Ou seja, o prefeiturável tem todas as garantias do partido, como é o caso do capitão Azevedo (PDT). Mas precisa de um abrigo partidário que possa lhe oferecer mais condições de competividade para enfrentar os adversários. O PDT é um partido de pouco dinheiro e um tempo muito pequeno no horário eleitoral, não chegando a 30 segundos.
O que se comenta nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, é que Azevedo teria sido convidado pelo Republicanos. Não se sabe ainda o que pensa o capitão sobre essa mudança de partido.
Sobre Geraldo Simões, o petista descarta, veementemente, qualquer outra saída fora do PT. O plano do ex-alcaide nunca será outro que não o plano A, o Partido dos Trabalhadores.
O engenheiro civil Chico França, pré-candidato pelo PL, que tem como mais ilustre filiado o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, está bastante seguro no partido, assim como o prefeito Augusto Castro no PSD e a professora Daianne Ricelli pelo PSOL, o que não é o caso da delegada Lisdeili Nobre no União Brasil.
O deputado estadual Fabrício Pancadinha é outro que deve ter seu plano B, não porque estaria insatisfeito com o Solidariedade. O parlamentar busca uma legenda que tenha mais força e expressão nacional.
Concluo dizendo que o plano B não é só um problema de insegurança, mas também de sobrevivência política.
PS - A posição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem mais peso do que os diretórios estaduais dos partidos que compõem a base aliada. O tal do conselho político é só para passar a impressão que tudo é muito democrático. Na hora da onça beber água, do vamos ver, é o chefe do Palácio de Ondina quem vai dar a última martelada no prego.
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