O assunto PDT com seus dois pré-candidatos a prefeito de Itabuna, capitão Azevedo e o médico Isaac Nery, passou a ser o mais comentado nas redes sociais.
Desbancou o pega-pega entre os dois PTs, o que quer Geraldo Simões como prefeiturável, rotulado de PT 1, e o que defende o apoio do partido à reeleição de Augusto Castro (PSD), o chamado PT 2 ou augustiniano.
São duas pertinentes e oportunas perguntas : 1) O PDT terá uma majoritária puro-sangue, com Isaac e Azevedo cumprindo o acordo do melhor colocado nas pesquisas encabeçar a chapa ? 2) Azevedo sairá do PDT, tendo o União Brasil como seu próximo abrigo partidário ?
Em relação ao ponto 2, qual a posição do vice-prefeito e prefeiturável Enderson Guinho, comandante-mor municipal do União Brasil, sobre a filiação de Azevedo ? E da delegada Lisdeili Nobre, presidente do UB Mulher, que também postula o cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves ?
Com a proximidade do pleito, o que vem logo à tona é que a tal da autonomia do dirigente partidário municipal para decidir sobre o caminho da legenda é conversa pra boi dormir. E vaca também. Vem tudo de cima para baixo, na base do mandonismo, do manda quem pode, obedece quem tem juízo.
O que se pode afirmar, sem medo de errar, é que os grupos políticos querem sair vitoriosos no processo sucessório. Na hora da onça beber água, que é uma semana antes das convenções partidárias, o que vai prevalecer é a força política e a viabilidade eleitoral do prefeiturável. E não adianta espernear. O pragmatismo do movediço, traiçoeiro e cruel mundo da política diz logo que lugar de chorar é no pé do caboclo.
O presidente do PDT de Itabuna, Fernando Netto, tem pela frente a difícil missão de fazer com que o acordo entre Azevedo e Isaac seja cumprido. Sem dúvida, um desafio gigantesco. Uma majoritária com esse dois prefeituráveis é fortíssima.
Um entendimento entre Azevedo e Isaac pode causar uma reviravolta na sucessão do prefeito Augusto Castro (PSD-reeleição) e, como consequência, em curto espaço de tempo, a perda do primeiro lugar do deputado Fabrício Pancadinha (SDD) nas enquetes, empurrando o parlamentar para uma situação de empate técnico com o terceiro colocado.
Uma majoritária puro-sangue, não importando quem vai encabeçar a chapa, se Azevedo ou Isaac, tem, obviamente, o entusiasmado aval do deputado federal Félix Júnior, presidente estadual do PDT, e pode contar com o apoio de ACM Neto, liderança nacional do União Brasil.
Na bolsa das apostas, a opção de que a majoritária puro-sangue não vai ser concretizada é a grande favorita. Tem até gente dizendo que é melhor acreditar na existência da mulher de sete metros que perambulava na rodovia Itabuna-Ilhéus.
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