O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) será o pré-candidato da base aliada jeronista na sucessão de Salvador, o adversário-mor do prefeito Bruno Reis, postulante a um segundo mandato pelo União Brasil.
O escolhido pelo conselho político para disputar o Palácio Thomé de Souza, obviamente com o aval do governador Jerônimo Rodrigues, tem pela frente a imprescindível missão de conquistar a militância do PT insatisfeita com a defenestração do companheiro e deputado estadual Robinson Almeida.
A federação PT/PCdoB/PV, chamada de "Brasil da Esperança", não terá representante no pleito soteropolitano, assim como vem acontecendo em outros municípios.
Sobre a sucessão da capital, o presidente Lula chegou a dizer que não entende como o PT, que governa a Bahia por muito tempo, não consegue viabilizar um nome do partido que possa conquistar a tão cobiçada Prefeitura de Salvador. Salta aos olhos que o recado do morador mais ilustre do Alvorada foi direcionado para as três principais lideranças do lulopetismo da Boa Terra : governador Jerônimo Rodrigues, senador Jaques Wagner e Rui Costa, ministro da Casa Civil do governo Lula 3.
Itabuna, cidade mais importante do sul da Bahia, tem "dois" PTs, o PT 1, que quer a federação com candidatura própria na sucessão de Augusto Castro (PSD), e o PT 2 que defende o apoio da legenda ao segundo mandato do alcaide, também chamado de PT augustiniano, que ocupa vários cargos de relevância no governo municipal.
Salvador tem também seus "dois" PTs, o que já abraçou Geraldo Júnior, e o que continua rebelde em decorrência das apunhaladas que recebeu, sem dó e piedade, pelas costas. Em conversas reservadas, o ex-prefeiturável Robinson Almeida demonstra toda sua decepção e tristeza com os "companheiros".
Todo esse imbróglio só faz consolidar a opinião de que a sucessão de Salvador caminha, mais uma vez, para uma definição logo no primeiro turno, aumentando ainda mais a perplexidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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