Se confirmada a informação do site Política Livre de que a declaração de Jaques Wagner sobre uma majoritária 100% petista foi combinada com o governador Jerônimo Rodrigues, com o conhecimento de Otto Alencar, não resta outro caminho para Angelo Coronel que não seja o plano B.
"Se eu não for para a chapa, eu posso ter o direito de ter candidatura própria", diz o Coronel, que legitimamente busca sua reeleição para o Senado da República pelo PSD, assim como Wagner pelo PT.
O Coronel se mostra bastante irritado e decepcionado com Wagner, colega na Câmara Alta. Veja, caro e atento leitor, ipsis litteris, seu último desabafo sobre a composição puro-sangue : "Não é o PT que vai escolher qual vai ser nossa posição. Quem vai escolher é o nosso partido na reunião da nossa executiva. Não aceitamos que partido nenhum meta o bedelho na nossa arrumação. Somos aliados, mas não somos subordinados".
Todo esse imbróglio, que tende a ficar mais intenso com a proximidade do pleito de 2026, vem sendo acompanhado pelo comando nacional do PSD, sob a batuta de Gilberto Kassab.
Nos bastidores do PSD, entre as lideranças que integram a executiva nacional da legenda, a opinião que prevalece é a de que Kassab vai ficar solidário com o Coronel.
"Eu já tenho uma posição formada sobre isso. Me pergunte em 29 de março de 2026", diz o também senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, que prefere, pelo menos por enquanto, o silêncio sobre a composição da majoritária da base aliada que dar sustentação política ao governo Jerônimo Rodrigues (PT).
Esse pega-pega na política da Bahia, envolvendo o lulopetismo, se não for bem resolvido, chegando a um consenso, pode levar o PSD a ficar mais perto do presidenciável Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Gilberto Kassab é bem próximo do chefe do Palácio dos Bandeirantes, é seu secretário de Governo e Relações Institucionais.
A maneira como vem sendo conduzida a composição da majoritária vai terminar criando problemas para o presidente Lula, que sabendo que o PT não tem outro petista com força política e viabilidade eleitoral para enfrentar o bolsonarismo, terá que disputar a sucessão de 2026, o quarto mandato.
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