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Segunda-feira, 12 de Maio de 2025
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Política

O PDT NÃO PODE SER UM PARTIDO HÍBRIDO 

Coluna Wense, 15 de março de 2025

Marco Wense
Por Marco Wense
O PDT NÃO PODE SER UM PARTIDO HÍBRIDO 
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O PDT, sob a batuta do deputado federal Félix Mendonça Júnior, presidente do partido na Bahia, vai ter que tomar uma posição em relação ao emaranhado jogo político envolvendo a sucessão do governador Jerônimo Rodrigues (PT). 

O PDT não pode ficar nessa dubiedade, sem saber o que quer, indeciso sobre o caminho que pretende seguir. Uma parte significativa do eleitorado não gosta dessa incerteza, do querer agradar a dois lados. 

Qual o caminho que o PDT quer seguir? O da base de sustentação política de Bruno Reis, prefeito de Salvador pelo União Brasil, ou de Jerônimo Rodrigues (PT), chefe do Palácio de Ondina? Na política, o tiro de servir simultaneamente a dois senhores, que são adversários, quase sempre sai pela culatra. 

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Não tem como dissociar o alcaide soteropolitano de ACM Neto, que é a única liderança política de oposição que pode impedir o segundo mandato de Jerônimo Rodrigues. Bruno Reis é cria política de ACM Neto. 

Lembrando ao caro e atento leitor que a pedetista Ana Paula, que foi vice de Ciro Gomes (PDT) no pleito presidencial de 2022, é a vice-prefeita de Salvador. O deputado federal Leo Prates preside o diretório do PDT na capital. Ambos já declararam que o apoio à candidatura de ACM Neto ao governo do Estado é irreversível. Veja abaixo, ipsis litteris, as declarações sobre esse desejo de Félix de apoiar à reeleição de Jerônimo Rodrigues. 

Ana Paula: "O PDT estará com ACM Neto. Foi justamente através de ACM Neto que o PDT me conheceu". Leo Prates: "A política se faz em grupo e com democracia. Por isso, defendo a mesma posição de Ana Paula de unir forças para fazer o melhor pelo povo da Bahia junto com Neto".

A pressão de alguns prefeitos do PDT para aderir a base aliada do PT é grande. O governador Jerônimo Rodrigues, tendo a máquina do Estado ao seu lado, não mede esforços para cooptar os alcaides. Uma reunião com o mandatário-mor da Bahia, com a presença de Félix Júnior, está sendo marcada.

Lá na frente - o bom conselho é depois do carnaval do ano eleitoral de 2026 -, o PDT vai ter que fazer sua opção entre o netismo e o jeronismo, sob pena de ser rotulado de "partido híbrido".

Essa indecisão do PDT, que tende a virar um preocupante dilema, faz lembrar a frase "ser ou não ser, eis a questão", dita por Hamlet na peça de Willian Shakespeare. 

No frigir dos ovos, quem vai sair perdendo nesse imbróglio entre o PDT 1, defendendo a aliança com o PT, e o PDT 2, querendo a legenda ao lado de ACM Neto, é o Partido Democrático Trabalhista.  

Concluo repetindo que se o PDT continuar nessa indefinição, sem saber para que lado vai, corre o risco de ser apelidado de "partido híbrido". 

Que as lideranças da legenda fundada pelo saudoso e inesquecível Leonel de Moura Brizola se entendam, tomem juízo. Inaceitável é cada um se preocupando exclusivamente com seu próprio quintal. E o PDT? Ora, ora, que se dane.

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Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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