Muito disse-me-disse e picuinha em torno do governador Jerônimo Rodrigues (PT) quando o assunto é a sucessão do prefeito Augusto Castro (PSD).
O PT 1, o geraldista, que quer a federação PT/PCdoB/PV com candidatura própria, diz que o chefe do Palácio de Ondina não fez nenhuma declaração de apoio ao segundo mandato do alcaide.
O PT 2, o augustiano, dar como favas contadas o apoio do governador à reeleição de Augusto, que é perda de tempo ficar esbravejando, obviamente se referindo à militância do PT 1.
O governador não deixou claro de que lado vai caminhar no pleito de 2024. Se assim o fizesse estaria cometendo um ingênuo erro político, criando um atrito intempestivo e desnecessário com o PSD, legenda que integra a base aliada, cujo presidente estadual é o senador Otto Alencar.
E tem mais: se fosse para deduzir alguma coisa nas declarações da maior autoridade política da Boa Terra, se diria que Jerônimo vai assumir uma posição de neutralidade no processo sucessório. Popularmente falando, na linguagem do povão de Deus, "em cima do muro".
O PT 1 comemora o ponto em que o governador diz que respeita a autonomia dos partidos. Ou seja, o direito de cada agremiação partidária ter candidato. No caso específico, que a federação tenha seu representante na sucessão municipal.
Já o PT 2 fica exultante com uma eventual neutralidade do governador, que é vista pelos petistas augustianos como uma derrota do PT 1.
O que está escrito nas estrelas é que o governador não vai querer perder a eleição para um candidato apoiado por ACM Neto (União Brasil) e, muito menos, pelo ex-ministro João Roma (PL).
Portanto, ao prefeito Augusto Castro e ao ex-gestor Geraldo Simões fica o "duelo" nas pesquisas de intenções de voto. Elas irão influenciar na decisão do governador Jerônimo Rodrigues.
Para a alegria tanto de Augusto como de Geraldo, a oposição ao lulopetismo está cada vez mais desunida. A vaidade dos prefeituráveis salta aos olhos.
Marco Wense
Itabunense, Advogado e Articulista de Política
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