Até o dia 6 de abril, prazo limite para mudar de partido, não tem como deixar de lado o dilema do capitão Azevedo diante do seu futuro político.
Das duas, uma : ou Azevedo, ex-prefeito de Itabuna, deixa o PDT, ou continua no partido. Não tem outro caminho. Deixando a legenda, o União Brasil passa a ser seu mais provável abrigo partidário. Se permanecer terá que manter o acordo com o também prefeiturável Isaac Nery.
Até as freiras do convento das Carmelitas sabem do que foi acordado entre o militar e o médico. Ou seja, o melhor colocado nas pesquisas de intenções de voto vai encabeçar a majoritária. O outro fica como vice.
Quando questionado sobre a composição puro-sangue, mais especificamente sobre o acordo, o presidente do PDT de Itabuna, Fernando Netto, diz, sem fazer arrodeios, que "combinado é combinado, que não adianta dar calundu lá na frente", sem dúvida um duro recado para Azevedo e Isaac.
Não passa pela cabeça de Isaac procurar outro partido. Se for derrotado na enquete, prevista para 15 dias antes da convenção, vai cumprir com o que foi acertado com Azevedo, tendo como principal testemunha o próprio Fernando Netto, cujo trabalho no comando do PDT vem sendo elogiado pela cúpula estadual, que tem na linha de frente o deputado federal Félix Júnior.
O dilema de permanecer ou não no PDT é só de Azevedo. O problema é que o União Brasil caminha a passos largos para apoiar o deputado Fabrício Pancadinha, pré-candidato pelo Solidariedade.
ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil, tem dito nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, que seu apoio será para quem tiver mais possibilidade de derrotar o projeto de reeleição do prefeito Augusto Castro (PSD), hoje aliado do lulopetismo da Boa Terra.
A opinião que prevalece no staff político do netismo é a de que o processo sucessório vai ficar polarizado entre Pancadinha e o atual chefe do Executivo, que legitimamente busca o segundo mandato, sua permanência por mais quatro anos no comando da cobiçada Prefeitura de Itabuna.
O dilacerante dilema de Azevedo, vivendo o cada dia com sua agonia, está assentado no "se correr o bicho pega (o apoio de ACM Neto a Pancadinha), se ficar o bicho come (o acordo com Isaac).
O passar do tempo, além de inexorável, é implacável e severo. Azevedo vai ter que tomar uma decisão. 6 de abril é vapt-vupt. É como um piscar de olhos.
PS - Se ACM Neto tivesse garantido o apoio a Azevedo, o ex-alcaide já teria se filiado ao União Brasil. Vale lembrar que o prefeiturável esteve recentemente com o ex-gestor soteropolitano. Esse encontro, sem o conhecimento do comando do PDT local, provocou fissuras no relacionamento político entre o ex-alcaide e a comissão provisória do partido, sob a batuta de Fernando Netto.
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"Investidores do exterior já sacaram R$ 22 bilhões da B3 neste ano"
A manchete de hoje, quinta-feira, 28 de março de 2024, no UOL Notícias, que faz parceria com a Folha de São Paulo, é muito preocupante para a República Federativa do Brasil. Diria até que é assustadora : "Investidores do exterior já sacaram R$ 22 bilhões da B3 neste ano". Aponta os "juros americanos" e, principalmente, os "ruídos políticos" como as causas principais desse saque. O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) vem alertando sobre a estagnação da economia, apontando os erros da gestão Lula 3. A inércia do governo vai terminar repercutindo na sucessão municipal, tendo como consequência política a eleição de prefeituráveis bolsonaristas, principalmente nos grandes colégios eleitorais. O país está sem um rumo definido, como um barco à deriva em alto mar. Ainda há tempo de tomada de decisões corajosas. Volto ao assunto ainda hoje.
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