O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer atrair o Republicanos e o PP para sua base de apoio no Congresso Nacional, nas suas duas Casas Legislativas, a Câmara dos Deputados e o Senado da República.
Como não existe almoço de graça na política, o toma lá, dá cá, é assentado em cargos no primeiro escalão do governo Lula 3. Vale lembrar que o Republicanos e o PP são legendas que integram o chamado centrão.
Pelo andar da carruagem, trazendo o assunto para a sucessão de Itabuna, o único partido de oposição ao lulopetismo vai ser o PL, que tem o engenheiro Chico França como pré-candidato a prefeito de Itabuna.
O Partido Liberal tem como principal liderança Jair Messias Bolsonaro, ex-morador mais ilustre do Palácio do Planalto, que deixou de ser "mito" depois que não conseguiu o segundo mandato, se tornando o primeiro presidente não-reeleito da pós-redemocratização.
Todos os outros postulantes ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves são de siglas que já estão no governo ou que podem a qualquer momento ir para os braços do PT, como o Republicanos, que tem o médico Isaac Nery como prefeiturável, e o PP, que até agora não demonstrou nenhum interesse pela sucessão de Augusto Castro (PSD). O Partido Progressista é como "cabeça de bacalhau", como diz a sabedoria popular.
O bolsonarismo de Itabuna só terá como opção ao antipetismo, o voto em Chico França, considerado de centro-direita, muito longe de ser um bolsomínion radical. Chico não tem nada a ver com o extremismo bolsonariano, que continua acreditando que Bolsonaro é um "mito".
PS (1) - Tudo indica que a Caixa Econômica Federal vai ser controlada pelo Republicanos, legenda do bispo Edir Macedo, da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus). A Funasa (Fundação Nacional de Saúde) vai ser comandada pelo PP. Veja, caro e atento leitor, o que disse o deputado Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, quando aderiu ao projeto de reeleição do então candidato Bolsonaro : "A bandeira do Brasil jamais será vermelha".
PS (2) - O conceituado jornalista Josias de Souza tem razão quando diz que "no gogó, partidos como o PP e Republicanos asseguram que estão com os dois pés fora do governo. Na prática, já admitem ficar só com um".
Marco Wense
Itabunense, Advogado e Articulista de Política
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