Por que o Partido Liberal (PL), presidido pelo médico Antônio Mangabeira, caminha a passos largos para ser o único partido 100% antipetista ?
A pergunta diz respeito a um amplo contexto político, envolvendo não só o governo Jerônimo Rodrigues, cria política do ministro Rui Costa, como o de Luiz Inácio Lula da Silva, o governo Lula 3.
Em relação ao cenário estadual, PL, União Brasil e o Republicanos são agremiações partidárias que fazem oposição ao lulopetismo da Boa Terra.
O Republicanos tem dois pré-candidatos ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves : o médico Isaac Nery e o advogado Dinailton Oliveira, ex-presidente da OAB-BA e filho do saudoso deputado estadual Daniel Gomes. O prefeiturável do PL é o engenheiro Chico França. O vice-prefeito Enderson Guinho é o nome do União Brasil no processo sucessório.
Quando o assunto é direcionado para a política nacional, somente o PL é considerado de oposição. O União Brasil já tem ministérios no governo Lula 3. O Republicanos vai ser contemplado na próxima reforma ministerial.
E por falar no Republicanos, aqui na Bahia sob a tutela do deputado federal Márcio Marinho, bispo da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), a sigla passa a ser a protagonista-mor da primeira insatisfação do vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB-SP) com o presidente Lula.
O ex-governador de São Paulo tem dito nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, que não vai aceitar que o PSB seja sacrificado com a perda de um ministério para contemplar o Republicanos. Alckmin, com o apoio da Executiva nacional, já disse que vai resistir a qualquer tentativa de desdenhar o Partido Socialista Brasileiro.
A afirmação lá no início da modesta coluna, de que o PL é 100% antipetista, é perfeitamente oportuna e pertinente, o que faz com que o eleitor que votou em Bolsonaro no pleito presidencial de 2022 sufrague o nome de Chico França, que pode crescer nas pesquisas de intenções de voto em decorrência dessa parcela do eleitorado.
Outro ponto que passa a ser discutido nas conversas sobre a sucessão de Augusto Castro (PSD-reeleição) tem a ver com a frente do então candidato ACM Neto na disputa do segundo turno com Jerônimo Rodrigues na eleição para o governo do Estado. A diferença foi de mais de 25 mil votos.
Qual seria o percentual de quem votou em ACM Neto sufragar o nome de Chico França ? Se for de 30%, o prefeiturável já pode contar com 7500 votos. Com efeito, a previsão de alguns "senadores" do Senado do Café Pomar em relação a votação do prefeiturável do PL é de mais de 10 mil votos.
O que se tem certeza, que é opinião unânime e inquestionável, que ninguém ousa em ir de encontro, é que a disputa pela Prefeitura de Itabuna vai ser bastante acirrada.
Não haverá na sucessão de Augusto Castro, que anda confiante na sua tentativa de quebrar o tabu do segundo mandato consecutivo, um explícito e cristalino favoritismo.
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