O segmento do lulopetismo mais otimista acha que o presidente Lula (PT) pode ser reeleito no primeiro turno no pleito de 2026.
Dois argumentos são usados para embasar a opinião de uma vitória já na primeira etapa eleitoral: 1) desunião da direita, com seus presidenciáveis se engalfinhando. 2) o "pacote de bondades" do governo Lula.
Sobre o pega-pega no oposicionismo, o exemplo mais recente ocorreu entre o governador Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e o senador piauiense Ciro Nogueira, presidente nacional do PP.
Nogueira vem dizendo nas redes sociais que a única candidatura viável da direita é a de Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo. Caiado reagiu chamando o pepista de figura "inexpressiva".
Lembrando ao caro e atento leitor que o Partido Progressista forma uma federação com o União Brasil, o que torna o imbróglio mais preocupante: direita versus direita, deixando os petistas cada vez mais confiantes na conquista do quarto mandato de Lula.
O que está por trás dessa desunião é a disputa pela vice de Tarcísio, quem vai ser o companheiro na majoritária encabeçada pelo republicano. Ciro Nogueira sonha em ser o vice de Tarcísio. Não à toa esse cafuné no presidenciável.
Já disse aqui que Tarcísio será candidato. Só espera uma declaração pública de apoio do ex-presidente Bolsonaro com mais entusiasmo, que até agora não fez em decorrência de Eduardo Bolsonaro. O filho número 3 anda dizendo que vai disputar à Presidência da República.
Como bom pai, Jair Messias Bolsonaro não quer criar constrangimento ao filho que vem lutando por uma anistia ampla, geral e irrestrita, o que pode beneficiar o ex-morador do Alvorada, o tornando elegível.
Sobre o pacote de medidas que leva os petistas mais otimistas a acreditar que a fatura da reeleição pode ser liquidada no primeiro turno, como não bastasse a isenção de imposto de renda de quem ganha até R$ 5 mil mensais, que vai beneficiar 15 milhões de contribuintes, está em curso a tarifa zero no transporte público.
Se o "pacote de bondades" provocar um aumento significativo na popularidade de Lula, o deixando como favorito no pleito de 2026, a principal consequência política será a desistência de Tarcísio, cuja reeleição para o cobiçado governo de São Paulo é dada como favas contadas.
Tarcísio vai seguir o ditado popular de que "mais vale um pássaro na mão do que dois voando", a permanência por mais quatro anos no Palácio dos Bandeirantes do que a incerteza de que pode derrotar o petista-mor.
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