O presidente Lula acaba de declarar, em entrevista concedida à rádio Verdinha, de Fortaleza (CE), que sua presença na sucessão municipal só quando não houver risco de "revés no Congresso", obviamente se referindo ao Senado da República e a Câmara dos Deputados.
Veja, caro e atento leitor, o que disse o chefe do Palácio do Planalto : "Embora eu pertença a um partido político, eu tenho uma base de apoio no Congresso que extrapola meu partido".
A resposta do petista-mor, quando questionado sobre o pleito de 2024, é a prova inconteste de que o morador mais ilustre do Alvorada não vem a Salvador fazer campanha para o vice-governador Geraldo Júnior, pré-candidato do MDB e do lulismo soteropolitano ao comando do cobiçado Palácio Thomé de Souza, como é do desejo dos irmãos Vieira Lima, Lúcio e Geddel.
Bruno Reis, que busca o segundo mandato, via instituto da reeleição, é do União Brasil, legenda que integra a base de sustentação política do governo Lula 3. A sigla, que surgiu da fusão do DEM com o PSL, tem três ministérios e uma bancada poderosa no Congresso Nacional.
O sonho de ter Lula como um invejável "cabo eleitoral" na campanha do emedebista Geraldo Júnior, que conta com o apoio da federação PT/PCdoB/PV e de outras agremiações partidárias que compõem a base aliada do governador Jerônimo Rodrigues (PT), vai virando um grande pesadelo.
Quem comemorou, efusivamente, a decisão do presidente Lula foi ACM Neto, vice-presidente nacional do União Brasil e padrinho da reeleição de Bruno Reis, cria política do ex-gestor de Salvador por dois mandatos.
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