Gilberto Kassab, dirigente-mor do PSD, toda vez que é questionado sobre o pleito presidencial de 2026, afronta o instituto da fidelidade partidária.
"Se Tarcísio desistir de disputar a presidência, PSD tem Ratinho Júnior ou Leite para 2026", diz Kassab, se referindo aos governadores de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O chefe do Palácio dos Bandeirantes é do Republicanos.
Esse "se" é a prova inconteste da infidelidade de Kassab, que coloca os companheiros de legenda em segundo plano. O "sincerismo" do ex-prefeito de São Paulo é merecedor de elogios.
Kassab não iria dar uma declaração de apoio a Tarcísio sem antes ter conversado com Ratinho Jr. e Eduardo Leite, que devem ter concordado com a condição de reserva. São coniventes com a explícita infidelidade partidária, cujo anzol só consegue pegar os "peixes miúdos".
Quem acompanha de perto o cafuné de Kassab em Tarcísio é o vice-presidente da República Geraldo Alckmin (PSB). Assim como Tarcísio é considerado imbatível na sua reeleição para o governo de São Paulo, Alckmin é favorito caso Tarcísio dispute a sucessão de Lula.
Lembrando ao caro e atento leitor que Kassab é o secretário de Governo e Relações Institucionais do presidenciável Tarcísio de Freitas.
A ingenuidade nesse emaranhado jogo político fica por conta de Eduardo Leite. A possibilidade de ser o candidato do PSD à Presidência da República é remotíssima. De um 1 a 10, não passa de 2.

APOIO TÓXICO
O bom conselho para o presidenciável Tarcísio de Freitas é não usar mais o boné da campanha de Donald Trump. Pesquisa do instituto Ipespe aponta que 57% são da opinião de que a ligação com o presidente dos EUA prejudica. Somente 32% acham que ajuda. 14% não souberam responder. O silêncio conivente de Tarcísio em relação ao tarifaço continua ensurdecedor.
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