Especular no comentário político, dentro de uma possibilidade que pode acontecer, é aceitável. O que é inadmissível é a análise sem nenhuma lógica.
Suposição sem pé e cabeça, assentada em uma irresponsável e maldosa invencionice, é imperdoável. A consequência é a perda da credibilidade de quem divulgou a disparatada opinião, o inominável absurdo.
Portanto, a especulação, quando segue alguns caminhos, passa a ser inerente ao emocionante mundo do jornalismo político.
No tocante ao processo sucessório de Itabuna, seria ridículo dizer que Geraldo Simões (PT) pode ser o vice do prefeito Augusto Castro (PSD-reeleição) no pleito de 2024. O mesmo raciocínio vale para o engenheiro Chico França, prefeiturável do PL, como companheiro da majoritária encabeçada pelo petista-mor itabunense.
Mas não é ilógica a hipótese de que um petista poderá compor a majoritária do segundo mandato do chefe do Executivo caso a federação PT/PCdoB/PV não tenha candidato a prefeito.
A cúpula estadual do Partido dos Trabalhadores, com o aval do governador Jerônimo Rodrigues, não iria abrir mão da indicação do vice de Augusto, deixando a vaga para o PCdoB, que hoje ocupa o primeiro escalão do governo municipal com a titularidade da secretaria da Educação.
Vale lembrar, ao caro e atento leitor, que o PCdoB adora uma vice. É só perguntar a Geraldo Simões e Vane do Renascer. O ex-vereador Luis Sena integrou a majoritária do então prefeiturável Renato Costa, que disputou a Prefeitura de Itabuna pelo PDT do saudoso e inesquecível Dagoberto Brandão.
Conjecturar, supor uma determinada situação no emaranhado mundo da política, faz parte do jornalismo político, desde que, volto a repetir, dentro de uma lógica.
E quem seria o vice de Augusto se a federação Brasil da Esperança não tiver representante na sucessão de 2024 ? Como será um membro do PT, não é nenhum absurdo especular o nome do vereador licenciado Manoel Porfírio, em que pese o edil jurar por todos os santos e orixás que não deseja ser o companheiro de chapa do gestor de plantão.
A opinião da modesta Coluna Wense é de que o trio partidário, com petistas, comunistas e os verdes alojados em uma federação, vai ter candidatura própria. E não tem outro nome que não seja o do ex-prefeito Geraldo Simões.
No mais, é esperar o ano eleitoral de 2024, como vai ficar o cenário político depois que as águas de março fecharem o verão.
Findando a estação mais quente do ano, vem as convenções partidárias. As pesquisas de intenções de voto passam a ser decisivas para os prefeituráveis.
Concluo especulando que dos treze já declarados pré-candidatos a prefeito de Itabuna, somente cinco irão até o final da disputa. Oito vão desistir : três por conta própria e cinco por não terem o apoio do partido.
Marco Wense
Itabunense, Advogado e Articulista de Política
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