Mário Alexandre, prefeito da irmã e vizinha Ilhéus pelo PSD, legenda sob a batuta do senador Otto Alencar, presidente estadual do partido, não pode ser candidato. A legislação eleitoral impede a disputa pelo terceiro mandato consecutivo. Marão, como é mais conhecido, já foi reeleito.
Augusto Castro, gestor de Itabuna, também do PSD, tem o caminho aberto para buscar o segundo mandato pelo instituto da reeleição, a permanência por mais quatro anos no comando do cobiçado centro administrativo Firmino Alves.
Os dois parágrafos acima mostram a precípua e marcante diferença entre o processo sucessório das duas cidades mais importantes do sul da Bahia. Em Ilhéus, o alcaide é cabo eleitoral do pré-candidato Bento Lima (PSD). Em Itabuna, Augusto Castro é cabo eleitoral dele mesmo.
Outro ponto diz respeito as intenções de voto nos prefeituráveis. Em Ilhéus, a disputa é mais acirrada. Há um empate técnico entre os quatro da frente. O quinto vem logo atrás. Em Itabuna, pelo menos por enquanto, o terceiro e o quarto, empatados tecnicamente, estão distantes dos dois que protagonizam a polarização, que até as freiras do convento das Carmelitas sabem que é o deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade) e o prefeito Augusto Castro (PSD).
O problema-mor de Augusto Castro é o mesmo de Mário Alexandre : a alta e preocupante rejeição. Um tendo dificuldade para alavancar à pré-candidatura do seu prefeiturável. O outro lutando contra o Augusto versus Augusto. O cenário pode mudar com a força da máquina municipal.
Voltando ao fato de que Marão não pode ser candidato à re-reeleição, o caro e atento leitor perguntaria se o PT teria candidato em Ilhéus se o alcaide pudesse disputar o terceiro mandato. Aconteceria com Adélia Pinheiro o que aconteceu com Geraldo Simões em Itabuna? Adélia seria defenestrada, sem dó e piedade, do processo sucessório? Qual seria a posição do deputado Rosemberg Pinto, líder do governador Jerônimo Rodrigues na Assembleia Legislativa, na sucessão de Ilhéus? O parlamentar seria o carrasco, o algoz de Adélia como foi de Geraldo Simões? Adélia seria impedida de disputar o também cobiçado Palácio Paranaguá?
O ponto convergente na oposição ao governo de plantão, tanto em Itabuna como em Ilhéus, é que se não houver um entendimento entre os pré-candidatos, a possibilidade de Augusto se reeleger e Marão fazer seu sucessor passa a ser grande.
Em relação a essa desunião no oposicionismo, cada vez mais longe de se chegar a um consenso, é um Deus nos acuda quando um convida o outro para compor a majoritária como vice. Ainda bem que são civilizados, afastando assim qualquer chance de se chegar às vias de fato.
No mais, esperar a pesquisa do jornal A Tarde, que pode ser divulgada no próximo domingo, dia 9, ou no outro. A ansiedade dos prefeituráveis salta aos olhos.
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