A eIeição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia, marcada para 03 de fevereiro, vai ficar na história do Parlamento como a que despertou mais interesse pela primeira vice-presidência.
A disputa tende a ficar cada vez mais acirrada, já que quem for eleito pode assumir o comando da ALBA. O atual presidente, Adolfo Menezes (PSD), corre o risco de ser reeleito e não tomar posse. Jurisprudência do STF impede a reeleição numa mesma legislatura.
Rosemberg Pinto (PT), líder do governador Jerônimo Rodrigues na Casa Legislativa, não tem nenhuma chance. Com efeito, é desaconselhável ter um presidente do Legislativo do mesmo partido do chefe do Poder Executivo. O sonho de Rosemberg Pinto de ser presidente do Parlamento virou um grande pesadelo.
Já há um consenso entre a maioria dos deputados, governistas ou de oposição, de que a presidência da ALBA deve continuar com o PSD, a legenda que mais elegeu prefeitos na sucessão de 2024.
O nome de Angelo Coronel Filho, filho do senador Angelo Coronel, ambos do PSD, vem crescendo entre os colegas de legenda, o que passa a ser imprescindível para sua eleição para o cargo de primeiro vice-presidente da Mesa Diretora se Adolfo Menezes resolver buscar sua reeleição. Se recuar, Angelo Coronel Filho será candidato à presidência da ALBA.
A vitória de Angelo Coronel Filho vai esfriar o discurso de uma majoritária 100% petista, protagonizado pelo senador Jaques Wagner. A intenção de deixar Angelo pai a ver navios, ficando de fora da chapa, ficaria adormecida.
Qualquer nova iniciativa para tirar o senador Angelo Coronel da majoritária poderia criar problemas para o governador Jerônimo Rodrigues, que precisa do Parlamento para aprovar os projetos de interesse da gestão.
Angelo Coronel Filho, sendo presidente da Assembleia Legislativa, não ficaria nada satisfeito em ver Angelo pai sendo defenestrado, sem dó e piedade, pelos "companheiros" do Partido dos Trabalhadores, abreviadamente PT.
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