Chega até a ser assombroso a permanência do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), no primeiro escalão da Esplanada. Um acinte ao povo brasileiro.
É um escândalo atrás do outro, e nada. Juscelino continua firme, forte e intocável. Ninguém ousa sequer em dar um puxãozinho de orelha no ministro, que parece intocável.
Em nome da governabilidade, que já falei aqui por diversas vezes que é amiga inseparável da impunidade, andando de mãos dadas por todos os cantos do Congresso Nacional, se cruzam os braços e fecham os olhos.
A desculpa para manter Juscelino como ministro é de que o governo Lula 3 não pode se atritar com o União Brasil. "No momento não está sendo considerada a demissão do ministro", diz uma pessoa bem próxima do chefe do Palácio do Planalto, morador mais ilustre do Alvorada.
Portanto, querem mais um escândalo de Juscelino para robustecer a justificativa de um eventual afastamento. É incrível. Como já disse, chega a ser até assombroso.
A última descoberta, em matéria da Folha de São Paulo, é que Juscelino "estabeleceu uma relação criminosa com o dono de uma empreteira investigada sob suspeita de desvios em contratos da Codevasf, estatal federal entregue ao centrão".
Toda vez que falo sobre o toma lá, dá cá, não deixo de dizer que o centrão vai se transformando no quarto Poder da República, fazendo refém o mandatário-mor de plantão do Brasil. Foi assim com Jair Messias Bolsonaro e agora com Luiz Inácio Lula da Silva.
O argumento para defender Juscelino parte do próprio governo, afirmando "que as suspeitas que pairam sobre o ministro são da época em que ele era deputado federal". Ora, ora, Juscelino continua aprontando.
A conclusão de todo esse cafuné no ministro das Comunicações é que o governo Lula 3 tem uma esponja para apagar a vida pregressa dos políticos.
A tal da governabilidade é um grande depósito de sujeira, cada vez mais abarrotado, malcheiroso e fétido. É como se fosse uma cova de gambás.
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