Venho dizendo que o imbróglio envolvendo a federação PT/PCdoB/PV promete muitas emoções na sucessão de Itabuna. O prefeito Augusto Castro (PSD-reeleição) tem todo o direito de achar que a base aliada do jeronismo vai apoiar sua pretensão de permanecer por mais 4 anos como chefe do Executivo.
O ex-gestor Geraldo Simões (PT) também pode supor que será o candidato do trio partidário na disputa pela Prefeitura de Itabuna. Augusto só não pode acreditar que "minha Pedinha" pode lhe apoiar caso a federação não tenha candidatura própria. Com efeito, entre o segundo mandato de Augusto e a candidatura de Chico França, GS fica com o prefeiturável do Partido Liberal (PL).
Tem mais:
O vice-prefeito de Ilhéus, Bebeto Galvão (PSB), deve ter desistido de disputar a sucessão municipal, o lugar de Mário Alexandre (PSD), mais conhecido como Marão. Depois da nomeação do filho para a diretoria da Codeba, o eleitor começa a questionar se o "socialista" vai colocar os parentes na prefeitura caso saia vitorioso no pleito sucessório.
Bebeto Galvão atira no próprio pé. As próximas pesquisas vão apontar uma queda nas intenções de voto e um aumento no índice de rejeição. A repercussão da nomeação do filho deixou uma parcela significativa do eleitorado com pulgas atrás das duas orelhas, incluindo aí quem iria votar nele na eleição para o cobiçado comando do Palácio do Paranaguá. Com efeito, os políticos costumam dizer que o povo esquece de tudo, tem memória fraca.
Marco Wense
Itabunense, Advogado e Articulista de Política
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