Para demonstrar força política, o senador Angelo Coronel (PSD) procura se cercar de inquestionáveis lideranças, principalmente com prefeitos, sejam eles da base aliada ou da oposição. Quer mostrar prestígio.
Ao se aproximar dos alcaides, o senador manda o seguinte recado para o PT: Não estou sozinho. Não vou aceitar ser defenestrado, sem dó e piedade, na composição da majoritária.
O polêmico senador, que não costuma levar desaforo para casa, sempre atento as manobras políticas, desconfia que os bastidores do lulopetismo tramam em deixá-lo a ver navios. Pode sentir na pele o mesmo que sofreu a então senadora Lídice da Mata, presidente estadual do PSB, quando foi excluída da majoritária encabeçada pelo então governador Rui Costa (PT-reeleição) no pleito de 2018. E quem entrou no lugar da socialista? O próprio Angelo Coronel. Coisas do movediço e traiçoeiro mundo da política.
O rebelde Angelo Coronel já recebeu na sua casa, obviamente para conversar sobre o pleito de 2026, Sheila Lemos (União Brasil), reeleita gestora de Vitória da Conquista, e Zé Cocá (PP), eleito prefeito de Jequié com 91,97% dos votos
Ao ser questionado pelo PT sobre esses encontros, o rebelde senador diz, em alto e bom som, mostrando uma certa irritação, que não aceita "patrulhamento".
Quando o assunto é o imbróglio em torno da chapa majoritária, Angelo Coronel procura ter dois ditados populares na sua companhia : "é melhor prevenir do que remediar" e um "olho no padre, outro na missa", ambos assentados na máxima de que a política não costuma socorrer os que dormem e, muito menos, os ingênuos.
O bom conselho para o rebelde senador Angelo Coronel, cuja candidatura à reeleição é tão natural como a de Jaques Wagner (PT), é começar a colocar as "barbas de molho".
Concluo dizendo que toda essa movimentação do Coronel lembra o "vocês vão ter que me engolir" do saudoso Mário Jorge Lobo Zagallo, simplesmente Zagallo.
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