1) ACM Neto vai fazer de tudo para unir os prefeituráveis que fazem oposição ao governo Augusto Castro (PSD-reeleição). 2) O maior "cabo eleitoral" do segundo mandato do prefeito de Itabuna é a falta de entendimento entre os pré-candidatos.
Quem acompanha a modesta Coluna Wense sabe que esses dois pontos foram comentados por diversas vezes, mais especificamente em relação ao médico Isaac Nery (PDT), capitão Azevedo (União Brasil) e o deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade).
Usei muito a expressão "era um Deus nos acuda" quando um prefeiturável convidava o outro para compor a majoritária como vice. Com efeito, o bafafá sobre a vice continua a todo vapor, sem nenhuma previsão de uma solução a curto prazo. O staff político augustiniano efusivamente comemora.
Coincidentemente ou não, Isaac, Azevedo e Pancadinha estavam ontem, véspera do feriado de 2 de julho, em Salvador. O que não se sabe, pelo menos por enquanto e 100%, é se ACM Neto recebeu os três juntos ou separadamente.
Sobre esse esforço de Neto para que se tenha um só candidato oposicionista, vale lembrar que o ex-gestor soteropolitano é do União Brasil. Seu poder de influência está restrito a Azevedo, que é filiado a legenda.
Toda a articulação de ACM Neto, visando uma candidatura única de oposição ao governo municipal de plantão, deve ser conduzida com muita cautela, sob pena de criar fissuras com o comando estadual do PDT e do Solidariedade.
Outro lembrete, em se tratando do PDT, é que o relacionamento político entre ACM Neto e o deputado federal Félix Júnior, presidente estadual do partido brizolista, não é bom.
Em todo esse vai e vem sobre a difícil missão de unir a oposição, o que se tem como certeza, sem nenhum resquício de dúvida, é que se não houver um consenso, a quebra do tabu da reeleição passa a ser favas contadas.
A principal consequência do segundo mandato de Augusto Castro é o enterro político de Isaac, Azevedo e Pancadinha na mesma cova, sem direito a coroa de flores.
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DESTAQUE
O desaconselhável "já ganhou" começa a tomar conta da sucessão de Itabuna. Há pouco tempo atrás era com o deputado Fabrício Pancadinha, pré-candidato pelo Solidariedade. Agora envolve o augustianismo, que dar como favas contadas o segundo mandato de Augusto Castro (PSD). A mesma coisa aconteceu com Fernando Gomes e Geraldo Simões. Deu no que deu : o "já ganhou" sucumbiu diante de um eleitorado que adora decidir o voto faltando poucos dias do pleito. Para o chefe do Executivo fica o conselho de se afastar do "já ganhou" como o diabo da cruz, principalmente quando vem das marionetes de plantão, protagonistas de um puxa-saquismo que fede mais do que aquilo que o gato esconde na areia
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