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Política

A AGONIA DO DIA A DIA 

COLUNA WENSE, TERÇA-FEIRA, 30 DE ABRIL DE 2024

Marco Wense
Por Marco Wense
A AGONIA DO DIA A DIA 
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Só faltava ele. É o que dizem os augustinianos sobre a pré-candidatura de Geraldo Simões a prefeito de Itabuna pelo Partido dos Trabalhadores (PT). 

Esse "ele" é o senador Jaques Wagner, que era considerado o "último dos moicanos" como companheiro de verdade de Geraldo Simões. Ledo engano. O parlamentar é agora aliado do governador Jerônimo Rodrigues e do ministro Rui Costa na defesa de que o PT deve apoiar o segundo mandato de Augusto Castro (PSD). 

A declaração de Wagner de que o caminho natural do PT é apoiar à reeleição de Augusto foi fulminante para enterrar a esperança de que poderia haver uma reviravolta, que Geraldo Simões, depois de tanta perseguição, sairia candidato ao cobiçado comando do centro administrativo Firmino Alves. 

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Geraldo Simões, um dos fundadores do PT em Itabuna, petista que nunca pensou em mudar de agremiação partidária, é só tristeza, mágoa e decepção com os "companheiros". 

A militância do PT 1, que prega candidatura própria, acredita que a decisão final sobre o imbróglio será tomada pela executiva nacional do partido, sob a batuta da deputada federal Gleisi Hoffamann, presidente nacional da sigla. 

Para o PT 2, também rotulado de PT augustiniano, a cúpula da legenda não vai ousar em ir de encontro as três principais lideranças do lulopetismo na Boa Terra, obviamente se referindo ao governador Jerônimo Rodrigues, ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner. 

A opinião, que é unânime tanto no PT geraldista como no augustiniano, é que a única "tábua de salvação" da candidatura própria é uma melhora significativa de Geraldo Simões nas pesquisas de intenções de voto. 

Para o staff político do prefeito Augusto Castro, que teve como aliado e frequentador assíduo o deputado estadual petista Rosemberg Pinto, líder do governo JR na Assembleia Legislativa, a pré-candidatura de Geraldo Simões "subiu no telhado". 

Confirmada a vitória do PT 2, o augustianismo tem que fazer a conta do segundo mandato tirando cinco mil votos. O chamado "voto rebelde" da revolta da militância geraldista vai sufragar nas urnas quem tiver mais chance de derrotar Augusto Castro na sua pretensão de permanecer por mais quatro anos como chefe do Executivo municipal. 

De olho nesse "voto rebelde", o deputado estadual e prefeiturável Fabrício Pancadinha é só solidariedade a Geraldo Simões. Coincidentemente, o partido de Pancadinha é o Solidariedade.

Concluo dizendo que Augusto e Geraldo vivem, de segunda a segunda, chovendo ou não, agonias diferentes. O atual gestor uma preocupante rejeição, beirando a 60%. O ex-alcaide com as pesquisas apontando um distanciamento em relação aos quatro primeiros colocados.

Costumo dizer que ainda há muita água para passar por debaixo da ponte do processo sucessório. Água limpa e suja, com cheiro normal ou fétido.

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Itabunense, Advogado e Articulista de Política

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